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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Teste-drive Porsche Cayenne S


A quinta-feira amanheceu nublada na capital paulista. As nuvens espessas cobriam a maior parte da cidade. Mas mesmo assim, saí de casa rumo à concessionária Stuttgart, na Marginal Pinheiros, para um dia diferente. Doze jornalistas foram convidados para um test-drive a bordo da Cayenne S 2011.

A versão reestilizada chega com o compromisso de manter as vendas em alta e a boa fama da SUV no mercado. O modelo foi lançado em 2003 com muita expectativa por parte da empresa e da imprensa especializada e logo se mostrou – usando o jargão de cinema – um sucesso de público e crítica.

O briefing foi realizado no saguão da agência, com informações sobre o modelo, as condições da pista e segurança básica. Na garagem, seis unidades aguardavam os profissionais de mídia, cada uma delas com um funcionário preparado para responder às dúvidas.

Hora de sair. O destino foi a Marina Astúrias, no Guarujá, um percurso de 90 km com descidas, subidas e retas para sentir a máquina. Além disso, o trajeto incluía a descida pelo Caminho do Mar. Dividi o carro com a jornalista Rafaela Borges. Combinamos que ela iria dirigindo e eu voltaria até São Paulo.

O trânsito da cidade estava – um pouco – mais calmo por volta das onze horas. A primeira sensação a bordo do carro é o conforto. A suspensão absorve as irregularidades do piso de forma elogiável e a quantidade de itens para melhorar a vida do motorista e dos passageiros foi uma preocupação da marca.

A tela central traz o PCM (Porsche Communication Management), com informações como o computador de bordo, GPS, escolha das rádios e telefone. A mudança pode ser feita com toques ou através dos comandos no volante. O console central conta com a saída USB e outros aplicativos. O sistema de som Bose, por outro lado, é um dos destaques que torna a viagem mais confortável.

A estrada que leva ao Caminho do Mar estava completamente coberta pela neblina. Não era possível ver um palmo à frente do nariz. Melhor dizendo, do capô. O clima germânico para dar o toque europeu ao passeio, disseram alguns. O Parque Estadual da Serra do Mar é um local belíssimo e aberto para visitação e caminhada, distante apenas 55 quilômetros de São Paulo.

Chegando à Marina Astúrias o pessoal aproveitou para fazer fotos e foi servido o almoço. O mais interessante desse tipo de evento é a possibilidade de trocar idéias com profissionais de outros veículos de comunicação e, também nesse caso, apreciar os belos barcos no cais.

Hora de voltar. Me acomodei no banco do motorista, com diversas opções de regulagem. A pegada do volante, que conta com as aletas para troca de marcha, é muito boa. O grande console central traz o câmbio em posição elevada e dá uma sensação única de conforto.

Virei a chave e o ronco do motor V8, de 4,8 litros e 400 cv brutos funcionou sem muito alarde. Mas com um ronco bonito. A câmera de ré mostra na tela o que acontece atrás do carro e ajuda bastante. Outros sensores de proximidade acionam quando algum obstáculo se aproxima.

Saindo da marina, uma leve pressão no acelerador mostrou o quão eficiente é a transmissão Tiptronic de oito velocidades. Nota dez. Ela se adapta perfeitamente ao estado de espírito do motorista. As trocas são suaves e na medida certa. A suspensão se entende perfeitamente com o asfalto, mesmo com as imensas rodas de 20 polegadas.

Na estrada, com a oitava marcha em curso, o conta-giros registra apenas 1.200 rpm. Mas a SUV pode se tornar agressiva e mostrar sua vertente esportiva num piscar de olhos. Mãos firmes no volante, pé embaixo (manobra conhecida como kick down) e adrenalina nas veias. As marchas saltam da oitava pra segunda, o corpo é pressionado contra o banco, o ronco ecoa no dia cinzento e a massa de aço ganha velocidade de forma impressionante.

A placa mostra a distância exata até São Paulo: 46 km. Bem que poderiam ser 200 km, não é mesmo? O passeio vai chegando ao fim e a certeza é uma só: a Cayenne é um Porsche puro, revestido como um carro de família, mas que traz na sua receita de sucesso um dos ingredientes secretos mais bem guardados do planeta: o tempero picante de Stuttgart.

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